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#34 nada está funcionando hoje vou tirar uma soneca

E aí pessoas! Como vocês estão?


Novo gibi - uns personagens

Vou confessar que eu achei que esse gibi seria mais rápido: a história veio quase pronta na minha cabeça e era “só” sentar e desenhar/escrever. Nunca é só desenhar e escrever. Paciência, essa qualidade rara que eu nem sempre possuo. De qualquer forma: a ideia é postar online, em capítulos, como eu tentei fazer com o gibizão - mas dessa vez vai dar certo, gente, eu tenho um plano *risadas nervosas


Tá, mas e o gibizão?

“Ada e o fantasma perdido” (sim, finalmente tem nome. Aliás, adivinha quem sugeriu? Ele mesmo, o novo amigão da gurizada: o chatgpt. Não posso mais xingar IA, né)

O gibizão já está pronto, agora não depende mais de mim. Está pra sair em setembro, se tudo der certo (torçam aí) vou levar na Bienal de Quadrinhos em Curitiba (nem vi passagens ainda, mas vamo lá). Primeiro evento pós pandemia: vai ser bom demais.


 

Quer tatuar comigo mas mora em outra cidade? me ajuda aí a decidir onde tatuar numa possível viagem!

Esses dias fiz uma série de cartoons drag se você mora em Pelotas ou Porto Alegre pode adotar um deles pra vida!

O hemana já saiu e eu amei fazer:




 

Cometi algumas tirinhas esse mês:

Eu andava meio cansada desse formato, fazia tempo que não me dedicava a elas. Mas enfim, estão vindo.

Pra não deixar esse email muito pesado: clica na imagem pra ler o resto da tirinha.



essa foi baseada num sonho



essa é baseada em fatos reais, infelizmente



descobri que muita gente também tem um espírito fanfarrão e sociável


 

Meus pais vão se mudar. A apartamento novo está quase pronto e aí que bem na frente da janela da sala tem um poste de luz e tem outra obra rolando ali:



(óbvio que o velho está documentando o progresso dela)

Achei um ótimo sinal eles já terem vizinhos tão legais.


 



“nada está funcionando hoje vou tirar uma soneca”

O Miyazaki começa a trabalhar nas suas histórias desenhando: “com essa imagem, as ideias começam a fluir” ele está pintando uma aquarela da Ponyo nadando com águas-vivas, mas ainda não é a Ponyo, é só uma imagem carregada de significado, mas ainda sem história. Pro Miyazaki as palavras vêm depois das imagens.

Segundo ele “criar é como jogar um anzol no meu cérebro” Lynch fala algo parecido no livro “Em Águas Profundas”, o nome em inglês é “Catching the Big Fish” - e fica mais aparente essa ideia de “pescar” por ideias. Pro lynch as ideias estão voando por aí, você tem que estar atento pra conseguir pegar um peixão.

“The air is fulled of tunes, a piece of rock is full of statues, the earth is full of visions, the world is full of stories” Ursula Le Guin, no livro “the wave in the mid”

No começo do ano eu li o livrão do Rick Rubin sobre arte e criatividade “The Creative Act” e assisti várias entrevistas com o homem (sim, tive uma fase meio obcecada, mas ele é muito cabeção, vale a pena) e ele tem essa mesma crença de pescar as ideias por aí e ainda vai além: se você não realiza a ideia ela vai atrás de outra pessoa. Sabe quando você tem aquele projeto engavetado há anos e aí um dia vai no cinema (ou lê um gibi) e lá está a tua ideia? Pro Rubin o que aconteceu é que a ideia cansou de esperar por você e foi atrás de outro artista (sim, esse era o sinal que você tava esperando: vai lá na tua gaveta resgatar aquele projeto abandonado).

“Miyazaki trabalha com uma nuvem constante de dúvidas e ansiedade” - num dia ele tá deprezão desanimado e no dia seguinte ele abre uma caixa de pasteis secos todo faceiro e começa a colorir e se encher de inspiração - gente como a gente.

Claro que toda genialidade (e obsessão que quase sempre a acompanha) tem um preço e logo no primeiro episódio mostra que Miyazaki é um pai ausente. Tem uma cena bem desconfortável em que ele vai assistir a estréia como diretor do filho dele. Miyazaki não é um paizão.

Também caí por acidente (às vezes os algoritmos são legais) nesse excelente, porém curto, documentário sobre o Chris Ware: Chicago (esse só tem legendas em inglês), diferente do Hayao o Chris Ware parece ser um pai bem dedicado.

Falando em paternidade (essa newsletter é tipo conversa de bar que um tópico vai puxando outro): esse vídeo aqui do Lúcio Mauro Filho contando uma história com o pai dele. Não vou mentir, rolou uma lagriminha aqui.

Ainda no assunto paizão: tem também o texto da última newsletter do Nick Cave (em inglês) aconselhando alguém que perdeu o pai. Prepara um lencinho se for ler.

Pausa pra eu ligar pro meu velho.




 

Tem um aniversário chegando e você não sabe o que dar de presente? Tá rolando uma promo nos meus retratinhos até dia 10: 10% de desconto!

Também estou vendendo esses desenhos aqui, 50 janjas com frete incluído:




tinta guache, caneta posca, lápis de cor


 

O calendário de abril:




 

uns links:

Eu amo o trabalho desse cara: theo janson, ele cria esculturas que se movem usando vento. os vídeos das esculturas caminhando pelas praias são maravilhosos. essa série aqui no site dele também é muito legal: explicando alguns conceitos (não que eu tenha entendido tudo, né, mas ainda assim é muito legal) ele parece aquele professor doidão de física que todo mundo teve no colégio (saudades, Marisa, melhor professora - eu não entendia nada mas amava as aulas dela, tinha toda uma empolgação contagiante)

na crazy bicho lady dessa edição: como fazer sorvete no Alasca



“My / heart / was / a / Long / lost / drawing.” poema da Mary Ruefle, daqui. Adoro essa ideia de transformar um texto em poesia apagando e selecionando palavras.

e esse cara aqui que se veste (e costura as próprias roupas) como um dândi do século XIX? eu amei, adoro gente excêntrica e se pudesse me vestiria como uma melindrosa rica dos anos 20.

Na newsletter do Marc Maron conheci (com um atraso de 30 anos): “big science” álbum da Laurie Anderson, que eu nunca nem tinha ouvido falar também. Viciei no álbum e to compartilhando aqui com você. Ela mistura música a performance numa vibe futurista 80s. bem bom!

Também tenho ouvido: essa playlist de funk instrumental do spotify. Além de ser instrumental e não me tirar o foco é muito faceiro e good vibes.


Obrigada por ler até aqui. E é sempre bom lembrar:



não tem um dia em que eu não me sinta extremamente grata e privilegiada por isso.


Por hoje é só pessoal! Fiquem bem e até mês que vem (ô loco, rimou!)

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