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Foto do escritorSamanta Flôor

os dois borges


da minha mesa de desenho #24


e aí amigos, como vocês estão?

aqui tem sido uns dias difíceis. perdi uma tia muito querida essa semana. não foi uma surpresa, foi um processo longo (desde o primeiro diagnóstico foram 8 anos), e mesmo assim dói muito. o mundo parece um lugar mais cinzento sem aquela pessoa aqui.


essa é a casinha dela, que fica "pra fora" como se costuma dizer por aqui. passei muitas tardes felizes nesse lugar.


 

por esses dias voltei oficialmente pro mundo das tatus com essa tirinha aqui:







tem mais umas páginas no insta. se você é de porto alegre, já está vacinado e quiser que eu desenhe na tua pele me chama aí



 


a saga de borges, o pardal





aliás, me informaram que borges na verdade é uma menina.


 

falando em borges: esse trecho final do "Jorge Luís Borges e a Cegueira"

“Não apenas o escritor mas todo homem deve se lembrar de que os fatos da vida são um instrumento. Todas as coisas que lhe são dadas têm um sentido, ainda mais no caso do artista; tudo o que lhe acontece — inclusive humilhações, mágoas e infortúnios — funciona como argila, como material que deve ser aproveitado para sua arte. Lembrei disso num poema, onde falo do antigo alimento dos heróis: a humilhação, a infelicidade, a contradição. Essas coisas nos foram dadas para serem transformadas: fazer com que as circunstâncias miseráveis de nossa vida se tornem coisas eternas ou em vias de eternidade.”


autorretrato de quando ele já estava cego


dessa palestra maravilhosa aqui sobre a cegueira (tem legenda em pt)

 

"Every love is a franchise of grief, for to love anything is to accept its loss."


 

é isso!

espero que estejam todos bem. não esqueçam de beber bastante água e dizer pras pessoas que vocês amam o quão importante elas são.

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